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História da igreja evangélica Subimos com Jesus e seus fundadores:

   

      Missionário Silvério Martin Cabrera e

                 Claudete Daros Martin

 

 

         Meu nome é Raquel Daros Martin, sou filha de um casal de missionários, procurei por várias pessoas que pudesses escrever o livro de nossa história, mas vi que não havia pessoa melhor do que eu mesma para descrever com toda a realidade nossa linda trajetória de fé.

Meu pai nasceu na ilhas Canárias- Espanha em 19-06-1942 e veio ao Brasil com seus pais em um navio em 1958. Minha mãe nasceu em 31-007-1951 na cidade de Iracemápolis –São Paulo Brasil.

Por volta dos anos 1965, meus pais se conheceram, culturas diferentes, costumes diferentes, idiomas diferentes, mas acreditavam num mesmo Deus. Bem, é nessas horas que passamos a entender o que a palavra de Deus diz: Bem aventurado os que acolhem um estrangeiro.

          Era uma época única de jovens que revolucionaram a história do mundo e sua cultura, tanto na música, na política e também na religião. Meus pais eram uns desses jovens corajosos, que iam em frente com seus objetivos, sem medo da fome, da chuva , da dor, dos preconceitos. Em 1966 começa surgir na cidade de São Paulo uma nova igreja, fundamentada na palavra de Deus, no dia 10 e 11 de novembro de 1966 é registrado no 3º Cartório de Oficio da Cidade de São Paulo a igreja Evangélica nós Subimos com Jesus, logo em seguida mudando o nome para IGREJA EVANGÉLICA SUBIMOS COM JESUS .

O Brasil vivia a época da Ditadura, nessa época qualquer manifestação pública feita por um estrangeiro, era reconhecida como um ato comunista, e quem praticasse era preso imediatamente. Era óbvio que meus pais eram muito jovens e inocentes, consequentemente não tinham naquela época o conhecimento dessa lei. E como todo bom evangelista ele subia em um banco de jardim nas praças públicas e começava a pregar o reino de Deus, com a minha linda e jovem aplaudindo tudo que seu namorado fazia para salvar almas. Nem é preciso falar o que acabava ocorrendo no meio ou no final de cada ousada ação , meu pai era sempre levado a Delegacia, e todas as vezes minha mãe com apenas 15, 16 anos de idade advogava a causa do seu herói da fé, e conseguia todas as vezes tirar ele da cadeia. Eles achavam na época que eram levados a delegacia por amor ao evangelho, por uma perseguição a Cristo, e nem conseguiam enxergar a terrível ditadura que o Brasil vivia.

            Era necessário, mais que praças públicas e a sala da própria casa para a igreja existir, sobre influência do modo de evangelizar dos missionários nortes americanos nos seminários da época, o próximo passo seria erguer uma Tenda de Lonas.  E foi na primeira tenda de lonas da Subimos com Jesus que meus pais se casaram em 19 de agosto de 1967.

Não posso deixar de relatar que durante o período do inicial  havia também a participação dos meus avós maternos Pastor Alfredo Luis Daros e Ruth Franco de Morais Daros e toda sua família, eram também pessoas simples e novos convertidos, mas que dispunham de todas as forças para que o jovem genro e sua filha alcançassem os objetivos da Obra de Deus.

            Uma época onde o evangelho era pouco conhecido, e principalmente o evangelho pentecostal, as pessoas tinham sede de conhecer jesus, mas eram poucas pessoas e lugares que o povo poderia receber a palavra de fé, também era uma época em que buscavam principalmente as curas e os milagres que Jesus oferecia. Em partes era um povo que não procurava tanto o conforto físico nos templos e sim o  conforto espiritual. Também naquela época mesmo São Paulo sendo já um cidade grande, era difícil nos  bairros achar condução, vias pavimentadas, padarias, comércios … e as pessoas viajavam horas e horas para chegarem em uma de nossas reuniões, chegavam a ir de charrete, cavalo, a pé, outros com seus carros do ano, todos com um só objetivo , conhecer o Jesus que revelava e curava.

            Eu não era nascida ainda, mas as pessoas daquela época contaram que em uma  certa reunião a tenda estava vazia, só com algumas pessoas , e toda a minha família.  E minha família cantava e orava, mas perceberam que havia uma grande multidão na entrada do Circo ( tenda) e essas pessoas ficavam olhando mas não entravam de maneira alguma. Terminado a reunião, parte daquelas pessoas veio  falar que não podiam entrar porque a tenda estava muito lotada, mas era muito lindo ver de fora aquele coral vestido de branco cantando. Mas que coral era esse? Para minha família a tenda estava cheio de bancos de madeira construído com as próprias mãos, todos vazios, mas para quem via de fora, um lindo coral vestido de branco lotava o tabernáculo do Senhor.

              Assim foram todos esses anos de ministério, foram todos assistidos pela presença da melhor plateia que existe, o reino do Senhor. Nossas histórias são recheadas de milagres e curas, conversão  e mudanças de vida.

No dia do casamento, geralmente sabemos que as noivas recebem um tratamento todo especial, de banhos, maquiagem, cabelos, unhas feitas… isso porque nenhuma era a minha mãezinha, que passou o dia inteiro arrumando aquela tenda de lona, com as únicas flores que seu pouco dinheiro poderia alcançar, “Copos de Leite”, chão de terra, uma crise de nervoso do noivo, muita oração, um rápido banho e a marcha nupcial  da início há uma trajetória que durou 40 anos, até que a morte os separou em 06 de outubro de 2007, onde esse será um dos capítulos adiante.

Como  explicar a que ponto chega os objetivos de um casal, que acreditava fielmente no que pregavam, até na lua de mel eles iam evangelizando pelas cidades.

 

Não posso deixar de mostrar que também era muito difícil financeiramente, mas a vida dos dois agora tomava um rumo , sem a família da minha mãe para apoiar. A  família por parte de pai, ele por motivos pessoais havia simplesmente   deixado, nem mesmo a jovem esposa os conhecia. Não quero entrar em detalhes de traumas de infância, problemas familiar que havia em meu pai, só posso dizer que um lar onde Jesus não se faz presente, não há como garantir paz, harmonia, capacidade, união, sendo inevitável certos acontecimentos, onde mais tarde por força do Espírito Santo tudo veio a se perdoado, mesmo ficando consequências fortes na personalidade, no humor dele, sua amada companheira estava sempre ao lado dele para o apoiar na força do Amor que ela havia alcançado em Cristo.

 

A conversão:

A conversão do meu pai, foi logo ao chegar no Brasil, depois de uns fortes desentendimento familiar ele sai de casa, para evitar possíveis agressões e acaba sendo acolhido por missionários norte americanos e seminários protestantes, onde ele passou a conhecer a palavra de Deus e passou a reconhecer Jesus como seu único Senhor. Após trabalhar por alguns anos como Pastor em igrejas Tradicionais,  recebeu o poder do Espírito Santo e percebeu que sua nova experiencia não combinava mais com o tipo de doutrina que teria que pregar em suas reuniões.

Minha mãe e toda a sua família, tinha procedencia Romana e Espírita, acreditavam em idolatrias e na invocação dos guias e mortos. Satánas já havia levado tudo da família que por anos buscavam pela cura de um de seus filhos, e todas as portas que batiam não achavam respostas para seu sofrimento. Naquela época Deus havia levantado um homem cheio do Espírito Santo, seu nome era missionário Josias, da Igreja a Volta de Cristo, ele juntava multidões pelo vale do Anhangabau, foi em uma dessas histórias concentrações da fé, que minha família batia na última porta, porém na porta certa, ele encotraram Jesus. A cura desse filho não veio, mas toda a minha família foi resgatada da morte eterna, e hoje posso dizer com orgulho, que faço parte de uma enorme linhagem de pastores e pastoras, pois quase todos servem ao Senhor, comprometidos com a obra e a igreja do Senhor.

 

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